Qual a vida que vale a pena? Parte 1

O que você responderia se eu te perguntasse assim: felicidade depende só de fatores internos ou de fatores externos também?

Percebi ao longo de vários atendimentos que muitos respondem que felicidade vem de dentro e é reponsabilidade de cada um. Não é uma resposta errada, mas é uma resposta incompleta.

O primeiro pilar para a felicidade é a saúde do corpo e da mente. Tudo que prejudica sua saúde rouba sua felicidade, também porque te torna emocionalmente vulnerável.

Existem diversos processos dentro de nós que tornam a felicidade algo de difícil acesso, colocamos obstáculos, mecanismos de defesa dos mais variados e prejudicamos o processo, às vezes, nos comportamos como inimigos de nós mesmos.

Mas, também para se ter uma vida feliz é preciso ter um ambiente saudável, essas sim são as variáveis externas que, muitas vezes, não controlamos. Um ambiente tóxico, desorganizado, com desavenças, mágoas, precário de recursos prejudica o desenvolvimento de qualquer pessoa, afinal, são afetos. Nutrição, acesso à educação, condições básicas de moradia são fatores externos de grande importância.

Não se compra felicidade em um “Mac Lanche”, não se conquista uma felicidade frequentando lugares para preencher o vazio.

Felicidade é muito mais complexo que isso, é preciso equilibrar muitos fatores e hoje se banaliza muito acreditando que se encontra em qualquer lugar, a expressão “lugar de gente feliz” é muito comum e sugestiva nas propagandas.

Ser feliz não tem significado na negação, por exemplo, se para ser feliz é preciso não estar doente começamos a cair na armadilha das situações, da sazonalidade, que tal ao invés disso, enxergar a felicidade como um constructo onde, não estar doente é uma das variáveis em questão. Temos muitas variáveis tais como, família, vizinhos, profissão, situação econômica, amigos, filhos, e por aí vai.

Pense comigo, se para ser feliz é preciso negar momentos ruins, compromissos que não gostamos, mas que precisamos participar, pessoas que temos discordância, mas temos que conviver, então, não dá para pensar em mudar de profissão, imagine quantas situações temos que passar para construir uma estratégia e executá-la. Cursos, treinamentos, conquistar o novo espaço, conhecer novas pessoas e interagir com elas, se desligar da profissão que não agrega mais, se manter na nova profissão, conhecer as oportunidades e o risco da decisão.

Para ser feliz é preciso ver a finalidade, para onde quer ir, o que deseja, ter um filho é maravilhoso, mas quantas noites sem dormir, birras, reunião de escola, até a angustia de programar férias no emprego a gente passa para conciliar com o mesmo período das férias escolares, mas nem por isso deixamos de amá-los e faríamos quantas vezes precisar.

E você, o que acrescenta nessa lista?

Semana que vem vamos continuar. Vem comigo.

Vem ser e viver em plenitude.


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